sem título

Amo este rio imensamente e não sei que fez ele para que o ame assim tanto. Quando o vejo, cruzando-o pela ponte, vindo do sul, ou pelo ar, vindo de longe, ele cintando as cidades, fico feliz e relaxado. Estou em casa.

Acho que nada se faz para se ser amado. É-se e pronto, amam-nos. Caso contrário, fosse necessário labor para se ser amado, que fiz eu então para ter o teu amor? Tal como o rio, que estava ali para ser amado, também eu subia a rua que tu descias. Tal como o rio, não me apercebi, e segui. Só mais tarde te vi como se todo o rio tivesse o teu reflexo. Como se tu fosses o rio. Rio que seguirei o resto dos meus dias.

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