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A mostrar mensagens de junho, 2012

19. O lago

A estrada era agora um grande lago azul e sereno. A berma era agora um relvado que de tão bem tratado se via muito verde e uniforme e envolvia o lago com largueza e frescura. Por sua vez, esta era orlada intermitentemente por bancos de jardim, candeeiros esguios de duas lâmpadas e pequenas edificações em pedra, sem função aparente que não fosse a de propiciar, às gentes e aos bichos, poiso para contemplação do lago. Os patos, as gaivotas, as narcejas, os gansos e os cisnes, os pardais e os piscos nas árvores, ora pastavam, ora nadavam, ora voavam em círculos, ora saltavam voando de árvore em árvore, ora dormitavam pousadas na relva, assentes num ou dois pés. O sol era agora tudo e a tudo e a todos afogava com a sua luz. Ele, deitado num banco, braço por cima da cara bloqueando a luz do sol, uma das pernas esticada no banco, a outra, pendente, dormia sentindo-se acordado. Sem que se apercebesse quando ou há quanto tempo, sentiu o peso de um cisne que pousara sobre o seu peito. Levan