Mensagens

A mostrar mensagens de agosto, 2009

Dez mil candeeiros

Há dez mil candeeiros na tua rua E dez mil portas iguaizinhas à tua Dez mil vasos em soleiras poisados Oferecidos por dez mil namorados Uma rua onde tudo é tão parecido Que parece um só canteiro florido E em cada casa uma rosa vermelha Que por amor revela sua centelha Dez mil corações clamam seu amor Dez mil peitos projectam seu rubor Apenas um coração por mim chama Dos dez mil desponta o que me ama E eu longe de ti preso na escuridão Guio-me para a tua rua pelo clarão Dos dez mil candeeiros enamorados Candente aos dez mil apaixonados Se quando lá chego é tudo parecido Pelas dez mil casas não vou perdido Pois das dez mil centelhas da rua Nenhuma outra brilha como a tua É o doce perfume que de ti exala Que me guia sem razão ou fala É a tua centelha que sinto sem ver Que me conduz sem me perder E chegado a ti logo me esqueço Da dor e da escuridão que mereço Do mundo do tempo me desligo Só contigo meu farol meu abrigo

Tu fugiste e eu fiquei

Tu fugiste e eu fiquei No lugar onde te amei Parado te vi partir Descrente em te seguir Partiste de um amor Que perdeu o seu calor Deixaste um casco frio Meu corpo ficou vazio O que havia começado Num gosto a rebuçado Que lambíamos sorventes Com os lábios dormentes Que era apimentado É amargo congelado Que foi doce sabor É agora pena e dor Ó que dia tão triste O dia em que fugiste Que tolo sem saber Sonhava em te perder Foi sonho foi fantasia Sonhei que te perdia Vivi sonho acordado Sonho ter-te ao lado Do que sou contigo Um sonho de amigo Corpo que é só metade Rosto sem identidade Não fugiste que és eu E te dou o que é meu Tu te dás toda a mim Corpo unido sem fim Uma só alma que ama Um só corpo na cama Uma vida vivida a dois Que acabará. E depois?