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A mostrar mensagens de novembro, 2017

Passa um homem…

Passa um homem que julgo conhecer bem sem saber bem quem é. É alto o suficiente para o seu olhar estar acima de quase todos os olhares; mas não tão alto o suficiente para ser o mais alto. Talvez não haja o mais alto pois que, na verdade, apenas um poderá dizer: sou o mais alto. E, mesmo assim, poderá não ter disso conhecimento, impedindo-o de reclamar tão galardão. Havendo ou não um mais alto que todos os outros, esse um, não era ele. Era alto o bastante para que se sentisse acima dos demais, mas não tanto que, de forma cada vez mais frequente, alguém mais alto que ele passasse por si e o lembrasse que os havia mais altos e que para esses gigantes, ele estaria entre os mais baixos da Terra. Era magro; era. E aí, a latitude de conceito estava bem mais diminuída. Era magro, ponto final; e alto, ponto final. Não era bonito, mas também não era feio. Poderia até dizer-se que não assustava ninguém. Talvez assustasse uma criança estranhona. Mas essas, tudo assusta. Tudo menos as boas mães,