Agora que aqui chegaste, que pedes para ti? Apenas aquilo que fiz por merecer. E isso é? A recompensa pelo sacrifício, pela dádiva, pela escusa ao fácil e ao cómodo. E fizeste tudo isso para..? Para tua glória e proveito, claro. Para mais nada? Também, e sobretudo, para minha salvação. E foi isso que te danou. Danado, eu? Porque te esqueceste que o filho também é o pai; que o que abraça também castiga; porque todo o bem que fizeste foi em razão de um grande egoísmo. Estou então, danado. Sim, estás danado. Tem a certeza? Se tenho a certeza(?) que raio de pergunta é essa?

Eis o destino do homem que se ajoelhou para tocar o céu. Que deu a vida por um deus e um tempo maior. Que trazia permanente, no gesto e no rosto, a glória dos dias vindouros. Há pois, aqui, uma profunda e derradeira mensagem para a vida. Ai daqueles que a descurem.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Fuck’in eden

O pé direito