A estação de serviço estava deserta. Nem carros, nem camiões a abastecer ou estacionados; apenas um gingle soprava pelos altifalantes colocados no alto das colunas que sustinham a cobertura das bombas desfazia a noção de que se tratava de um posto abandonado. A porta estava aberta, o que é estranho; pois o que seria de esperar seria um funcionário com cara de sono/medo/fastio (riscar o que não interessa) atras de um vidro à prova de bala, interagindo com os clientes por um postigo ou gaveta de vaivém. Não havia clientes, tão pouco bandidos ou ladrões, o que não é a mesma coisa. Na loja, coisas de loja, das que se vendem, das que expõem as que se vendem, máquinas que aquecem ou arrefecem as coisas que se vendem quentes ou frias e, ao balcão, melhor, no balcão, um homem muito pequeno com um fraque velho, cartola e guarda-chuva. Quando digo pequeno, não digo pequenito como um menino, digo aí com um palmo, vinte e cinco centímetros, no máximo. Tens um telefone? Para que queres tu um telefo